No post passado explicamos o entorse de tornozelo e hoje vamos continuar no assunto, mas desta vez para falar sobre o diagnóstico e tratamento do entorse de tornozelo.
Se você torceu o tornozelo e ele está muito inchado e não está conseguindo andar direito então é necessário passar em avaliação com especialista. Ele avaliará a possibilidade de existir alguma lesão associada como uma fratura, lesão de cartilagem ou instabilidade articular grave.
Se necessário serão solicitados exames de imagem para complementar a investigação diagnóstica.
Uma órtese importante no processo de reabilitação é o AIRCAST. Ele é composto por material rígido nas laterais do tornozelo. Dessa forma ele deixa livre o movimento do tornozelo para baixo e para cima e bloqueia os movimentos laterais.
Conforme você for recuperando a função normal do tornozelo vamos diminuindo o uso da órtese. O tempo de reabilitação depende da gravidade da lesão e do paciente.
A utilização de bota imobilizadora (robofoot) fica reservada para casos de dor e edema intensos e devem ser utilizados pelo menor período possível. O uso prolongado da bota pode causar rigidez do tornozelo e atrofia da musculatura fazendo com que o processo de recuperação seja mais lento. Ou seja, assim que a dor ficar tolerável devemos ficar sem robofoot.
Na ausência de lesões associadas será iniciado o tratamento conservador.
O tratamento consiste em medicações para controle de dor (analgésico e anti-inflamatórios), gelo (para diminuir o edema) e fisioterapia.
Manter a perna elevada ajuda a controlar o edema também.
Nunca aplique o gelo direto na pele pois pode causar queimaduras. Sempre cubra o gelo com um saco plástico e um pano.
A fisioterapia é realizada por etapas com os seguintes objetivos:
1: Controle de dor e edema
2: Ganho de amplitude de movimento
3: Fortalecimento da musculatura do tornozelo e de todo o membro inferior, com ênfase para os músculos fibulares que são os principais músculos que ajudam a evitar um novo episódio de entorse.
4: Treino sensório motor (equilíbrio): Sua função é fazer com que o tempo de resposta muscular seja cada vez mais rápido, dando habilidade de andar em terrenos instáveis, como calçadas sem que aconteça novo entorse.
Casos leves costumam se recuperar em 2 a 4 semanas, casos moderados em 2 meses e graves 3-6 meses.
Siga sempre as orientações do seu médico e do fisioterapeuta e tenha paciência durante o processo de recuperação. Seu corpo precisa de tempo para se recuperar.